Financiamento de casa na Itália: como comprar uma casa italiana

Corte Constitucional o futuro da cidadania italiana por descendência: Foto de uma igreja em frente os picos das Dolomitas
Ciao, querido leitor! Já marca aí na agenda: no dia 24 de junho, a Corte Constitucional da Itália vai analisar se a transmissão da cidadania italiana por direito de sangue (iure sanguinis), sem limite de gerações e sem exigência de vínculos territoriais, culturais ou linguísticos com a Itália, está, de fato, de acordo com a Constituição do país.
Cidadania italiana via inconstitucional: Foto do Piazza Venezia vista a partir do Vittoriano.
Depois de todas as mudanças que o Decreto-Lei nº 36/2025 trouxe para o processo de reconhecimento da cidadania italiana, você provavelmente está se perguntando: “E agora? Como vou conseguir reconhecer a minha?”, acertei?
Decreto 36/2025: Foto de um hotel histórico na Itália
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Falou cidadania italiana? Falou io.gringo! Somos a empresa que nasceu no coração do Vale do Paraíba, em Taubaté (SP), e hoje já estamos com o pé no Rio Grande do Sul, em Passo Fundo,  e, claro, na cidade eterna: Roma. 
Decreto-Lei nº 36/2025 é aprovado e novas regras para a cidadania italiana: Foto da bandeira italiana
Ontem, dia 20 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou o Decreto-Lei nº 36/2025, com 137 votos a favor e 83 contrários, tornando definitiva a proposta apresentada em março pela coalizão liderada por Giorgia Meloni e aprovada na última quinta-feira (15) pelo Senado. 
A Câmara dos Deputados da Itália iniciou nesta terça-feira, 20 de maio, a discussão sobre o decreto-lei que limita o direito à cidadania italiana
A Câmara dos Deputados da Itália iniciou nesta terça-feira, 20 de maio, a discussão sobre o decreto-lei que limita o direito à cidadania italiana. A proposta, já aprovada pelo Senado no último dia 15, estabelece que apenas filhos e netos de italianos possam solicitar o reconhecimento.
Financiamento de casa na Itália: Foto de uma casa simples no interior da Itália
Sumário

Ter uma casa na Itália virou um plano cada vez mais comum entre estrangeiros, seja para investir, mudar de vez ou só ter um cantinho especial para curtir as férias com vista pro Mediterrâneo. E esse movimento é real: segundo o Instituto Nacional de Estatística (Istat), o número de estrangeiros vivendo na Itália ultrapassou os cinco milhões em 2023, um crescimento em relação ao ano anterior. 

E sim, financiar um imóvel na Itália é possível para estrangeiros! Mas como tudo que envolve bancos e outro país, o processo vem com uma dose de burocracia, exigências e alguns desafios no caminho.

Quer entender como tudo isso funciona? Ao longo do texto, vou te mostrar o que é necessário, quais os tipos de financiamento, os custos extras e até dicas para facilitar o processo. Bora descobrir como transformar esse sonho italiano em realidade?

Financiamento de casa na Itália: Requisitos básicos para estrangeiros

Se você está pensando em financiar um imóvel na Itália, vale saber que existem alguns pré-requisitos importantes, especialmente se você não é residente no país.

  • Reciprocidade entre os países: A Itália só permite que estrangeiros comprem imóveis se houver um acordo de reciprocidade com o país de origem. Ou seja, se italianos puderem comprar propriedades no seu país, você também poderá comprar na Itália.
     
  • Codice Fiscale (CPF italiano): Esse é um documento imprescindível para qualquer operação financeira ou legal na Itália. Ele funciona como o CPF no Brasil e será solicitado em praticamente todas as etapas do processo.
     
  • Conta bancária na Itália: Para movimentar o dinheiro do financiamento e realizar os pagamentos, é necessário abrir uma conta bancária em uma instituição italiana.
     
  • Entrada mínima: Para estrangeiros não residentes, os bancos costumam exigir uma entrada de pelo menos 30% do valor total do imóvel, e, em alguns casos, esse valor pode chegar a 40% ou até 50%, dependendo do perfil do comprador e da instituição financeira.
     

Além desses pontos, é bom ficar atento: os bancos italianos costumam analisar outros critérios, como a estabilidade da sua renda e até sua idade na hora de liberar o financiamento. Por isso, o ideal é entrar em contato direto com a instituição financeira para entender certinho as exigências e condições atuais.

Documentos necessários

Agora que já conhecemos os requisitos, é hora de entender quais documentos são necessários para dar entrada no financiamento de um imóvel na Itália. Confira os principais:

  • Passaporte válido: Documento de identificação indispensável para qualquer trâmite oficial no país.
     
  • Comprovante de residência: Pode ser uma conta de luz, gás ou outro documento recente que comprove onde mora atualmente.
     
  • Comprovação de renda: Os bancos normalmente pedem uma análise da sua situação financeira, incluindo declaração de imposto de renda dos últimos 2 ou 3 anos, contracheques e extratos bancários recentes.
     
  • Contrato preliminar de compra (Proposta di Acquisto): Esse documento mostra sua intenção real de adquirir o imóvel e geralmente é acompanhado de um sinal financeiro (depósito inicial).
     
  • Relatório de crédito internacional: Alguns bancos solicitam um histórico de crédito do seu país de origem para avaliar seu perfil como pagador.
     

Outros documentos também podem ser exigidos, como o Codice Fiscale (obrigatório para qualquer operação legal na Itália), como citamos anteriormente, e, em alguns casos, a permissão de residência (Permesso di soggiorno), especialmente se você não for cidadão da União Europeia.

Quais são os tipos de financiamento disponíveis?

Na hora de escolher um financiamento na Itália, você vai encontrar algumas opções que se ajustam ao seu perfil e ao tipo de imóvel que deseja comprar:

  • Taxa fixa ou variável: Uma das primeiras decisões é escolher entre juros fixos ou variáveis. Na modalidade fixa, você já sabe quanto vai pagar do início ao fim, ótimo para quem gosta de previsibilidade. Já a taxa variável pode começar mais baixa, mas muda conforme o mercado, o que pode ser vantajoso ou arriscado, dependendo do momento.
     
  • Prazos e limite de idade: O financiamento pode ser pago em até 30 anos. Mas atenção: os bancos costumam exigir que a dívida seja quitada antes de o contratante completar cerca de 75 anos, ou seja, a sua idade na contratação pode influenciar o prazo máximo disponível.
     
  • Financiamento com co-signatário: Se a sua renda sozinha não for suficiente para o valor desejado, existe a opção de fazer o financiamento em conjunto com outra pessoa. O co-signatário divide a responsabilidade de pagamento, facilitando a aprovação do crédito.
     

Essas variações ajudam a moldar o financiamento de acordo com seu perfil financeiro e o tipo de imóvel que você está buscando, o importante é comparar bem as condições antes de fechar negócio.

Etapas do processo

E é claro que a gente não podia deixar de te mostrar um passo a passo completo, afinal, vale muito a pena entender cada etapa direitinho pra não ser pego de surpresa no meio do processo.

Pré-aprovação e escolha do banco

Tudo começa com a análise da sua capacidade financeira. Nessa etapa, o banco avalia sua renda, histórico e perfil para definir quanto pode emprestar. Com essa pré-aprovação em mãos, fica mais fácil saber o que cabe no seu orçamento, e escolher o banco que ofereça as melhores condições.

Avaliação do imóvel

Depois de encontrar o imóvel dos sonhos, o banco precisa confirmar que ele vale o que está sendo pedido. Para isso, faz uma vistoria técnica e determina um valor de mercado. Esse laudo influencia no valor que poderá ser financiado.

Tradução de apostilamento de documentos 

Se seus documentos foram emitidos fora da Itália, será preciso traduzi-los oficialmente para o italiano e apostilá-los de acordo com a Convenção de Haia, isso garante que tenham validade legal no país.

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Assinatura com notário

A fase final acontece no cartório, diante de um notário público. É ele quem formaliza a compra e cuida da parte legal da transação, garantindo que tudo esteja de acordo com a lei e que o imóvel seja devidamente registrado em seu nome.

Esse caminho exige atenção aos detalhes, mas seguindo as etapas direitinho, dá pra financiar com segurança e tranquilidade.

Custos extras 

Ao financiar um imóvel na Itália, é importante considerar os custos extras que vão além do valor do imóvel em si. Um deles são as taxas notariais, que geralmente ficam entre 1% e 2% do valor da propriedade, já que o envolvimento de um notário é obrigatório para formalizar a transação. 

Também há os impostos de registro, que podem variar de 2% a 9%, dependendo do tipo de imóvel e se será sua primeira residência no país. Nesse caso, a alíquota costuma ser menor. 

Além disso, os seguros obrigatórios, como o de incêndio e, em alguns casos, o de vida, podem ser exigidos pelo banco como condição para a liberação do financiamento. Esses custos, somados, podem representar uma fatia considerável do orçamento, por isso é fundamental incluí-los no planejamento desde o início.

Desafios comuns

Como nem tudo na vida é tão simples, esse processo também vem com alguns desafios pelo caminho. Veja só:

  1. Renda em moeda estrangeira (dólar, real): Ter a renda em uma moeda diferente do euro pode complicar um pouco as coisas. Os bancos italianos preferem transações em euro para evitar riscos com variações cambiais, o que pode tornar o processo mais exigente para quem ganha em outras moedas.
     
  2. Autônomos e freelancers (comprovação de renda): Se você trabalha por conta própria, prepare-se para reunir bastante documentação. Sem um salário fixo, os bancos geralmente pedem um histórico detalhado de receitas, como declarações fiscais e extratos bancários, para garantir que sua renda é estável e confiável.
     
  3. Imóveis de baixo valor (limite mínimo de €100.000): Mesmo que existam propriedades baratinhas na Itália, muitos bancos só concedem financiamento para imóveis acima de certos valores, geralmente a partir de €100.000. Isso porque os custos operacionais do financiamento acabam não compensando em imóveis mais baratos.

Dicas para facilitar o processo

Mas calma, nem só de burocracia vive esse processo, separei algumas dicas que podem facilitar (e muito!) sua jornada até a casa própria na Itália.

  • Busque corretores com experiência internacional: Ter ao lado um corretor que já conhece os trâmites legais e burocráticos da compra de imóveis por estrangeiros na Itália faz toda a diferença. Eles ajudam na escolha do imóvel e a navegar pela papelada e exigências locais com mais segurança.
     
  • Inclua uma cláusula suspensiva no contrato: Essa dica é de ouro! A cláusula suspensiva garante que a compra do imóvel só será efetivada se o financiamento for aprovado. Ou seja, se o banco não liberar o crédito, você não será penalizado e poderá cancelar o contrato sem prejuízo.
     
  • Fique de olho nas variações cambiais: Se sua renda é em dólar, real ou qualquer outra moeda fora do euro, vale a pena se planejar para possíveis oscilações na taxa de câmbio. Isso ajuda a evitar surpresas no valor das parcelas e manter o controle do orçamento.

Limitações e Considerações

Antes de fechar negócio, é bom ficar por dentro de algumas limitações e pontos importantes que podem afetar a sua compra. 

Comprar um imóvel não significa poder morar na Itália para sempre

Muita gente se engana achando que ter uma casa no país garante o direito automático de morar lá. Mas não é bem assim. Mesmo sendo proprietário, você ainda vai precisar de um visto ou permissão de residência apropriada, como o “Permesso di soggiorno”, dependendo do tempo e do motivo da sua estadia.

Imóveis rurais ou históricos podem ter regras extras

Se a ideia é comprar uma casa charmosa no campo ou um edifício antigo cheio de história, vale prestar atenção: esse tipo de imóvel costuma estar sujeito a leis de preservação e pode ter restrições quanto a reformas ou mudanças estruturais. Além disso, em alguns casos, pode haver exigências para estrangeiros interessados nesse tipo de propriedade.

Esses pontos não inviabilizam a compra, mas é bom estar por dentro das regras para evitar surpresas depois.

Hora de tirar o sonho do papel!

Realizar o sonho de ter uma casa na Itália não precisa ser um drama italiano! Com um bom planejamento e a ajuda de quem entende do assunto, o caminho fica bem mais leve. Claro, tem suas exigências e burocracias, mas nada é impossível. 

Se você se prepara direitinho e conta com uma assessoria profissional, o financiamento deixa de ser um bicho de sete cabeças e vira um plano real, tipo “la dolce vita” com endereço fixo!

Entre em contato com a io.gringo e saiba tudo sobre a Itália!

Por Isabella Bilard

Sua jornada para a Cidadania Italiana

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