Foto de pessoas em uma praia em Sapri, aproveitando a viagem para Itália
Vai viajar para a Itália e não quer voltar com os bolsos vazios? Então, este conteúdo foi feito para você! Aqui, você vai descobrir como economizar sem perder a experiência de conhecer os principais pontos turísticos do país em sua viagem para Itália. De restaurantes escondidos a truques para evitar as taxas de turismo, vamos te mostrar o melhor jeito de aproveitar a Itália, sem gastar uma fortuna.
Direitos e deveres do cidadão europeu: Foto de pessoas sentadas no jardim das laranjeiras em Roma
Você sabia que, como cidadão europeu, você possui uma série de direitos e deveres que vão além do passaporte? Desde a liberdade de viver, trabalhar e estudar em qualquer país da União Europeia até a responsabilidade de cumprir algumas obrigações fiscais, ser italiano tem suas vantagens – e suas implicações também. Quer entender mais sobre os direitos e deveres de um cidadão europeu? Então continue a leitura e descubra tudo o que você precisa saber para aproveitar sua cidadania europeia!
Foto de duas pessoas no celular, utilizando o aplicativo Giustizia Civile
Se você é uma pessoa que precisa acompanhar processos judiciais, mas não tem tempo (ou paciência) para lidar com a burocracia, o Giustizia Civile é a solução. Este aplicativo facilita a vida de quem precisa acessar informações sobre o processo de cidadania italiana, especialmente para quem está fora da Itália. Mas como ele funciona exatamente? Fique tranquilo, porque vamos te explicar tudo ao longo deste conteúdo. Acompanhe!
Como imigrar para a Itália: Foto do distrito italiano de Manarola
Imigrar para a Itália parece um sonho, não é? Mas e se eu te dissesse que ter a cidadania italiana pode transformar esse sonho em algo bem mais simples do que você imagina? Sem filas para visto, sem perder noites de sono com a burocracia, e com o direito de viver. Quer saber como imigrar para a Itália sem complicações? Vamos te mostrar como a cidadania pode ser a chave para abrir a porta do seu futuro na Itália! Acompanhe.
Espaço Schengen: Foto de uma loja de flores em Roma
Se você é cidadão italiano, tem uma vantagem ao viajar pela Europa graças ao Espaço Schengen. Esse acordo permite que os indivíduos de países participantes, como a Itália, circulem livremente entre 26 países sem a necessidade de visto ou controle de fronteiras internas. Você pode, assim, viajar, trabalhar, estudar e morar em outros países da zona Schengen com a facilidade de um passaporte ou, em alguns casos, até mesmo com um RG.
consulado-italiano-mais-rapido
A verdade é que não existe um consulado italiano “mais rápido” no Brasil, pois os tempos de espera variam de acordo com a demanda de cada consulado. Entretanto, alguns consulados podem ter menos demanda em relação a outros. No geral, os consulados das grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, costumam ter filas mais longas devido ao número maior de solicitantes. A melhor opção é verificar o tempo de espera no consulado responsável pela sua jurisdição, já que, por lei, o processo deve ser realizado no consulado correspondente à sua área de residência.
Legislação italiana: Foto das ruínas do Fórum romano, em Roma
Sumário

A cidadania italiana é regida pela Lei nº 91 de 1992, que define as diretrizes para aquisição e perda da cidadania. Estas normas estabeleceram diferentes caminhos, como a cidadania por descendência (jus sanguinis), por casamento e naturalização

Compreender a legislação italiana que rege esses processos é importante tanto para aspirantes à cidadania quanto para a sociedade italiana, que se enriquece com a diversidade cultural. Acompanhe!  

Princípio do Jus Sanguinis na legislação italiana

Você já ouviu falar desse termo? Se não, saiba que o  “jus sanguinis”, conhecido como “direito de sangue”, é um princípio que estabelece que a nacionalidade de uma pessoa é determinada pela nacionalidade de seus pais ou ascendentes. 

Além disso, em algumas regiões, é suficiente que um dos familiares possua uma determinada nacionalidade para que a criança também seja reconhecida como cidadã desse país. Na Itália, por exemplo, esse princípio é um dos critérios utilizados para a obtenção da cidadania italiana. 

Lei nº 91 de 1992

A Lei italiana nº 91 de 5 de fevereiro de 1992, define as diretrizes para que uma pessoa possa “adquirir”, “readquirir” ou obter o “reconhecimento” da cidadania italiana. Embora essas três situações sejam juridicamente distintas, todas visam ao mesmo fim: a obtenção da nacionalidade italiana.

Aquisição 

A aquisição da cidadania italiana se aplica a esposas de cidadãos italianos, descendentes de antigos cidadãos italianos e estrangeiros que nasceram na Itália. 

Contudo, o principal critério para adquirir a nacionalidade é o “jus sanguinis”. Isso significa que, só nascer na Itália não é suficiente, é preciso ter um familiar direto que seja cidadão italiano. 

Reaquisição

Para as pessoas que perderam a cidadania italiana, é possível adquirí-la automaticamente após um ano a partir do momento em que estabelece a residência no território da República Italiana, exceto se houver uma renúncia expressa antes do término desse prazo. 

Além disso, é necessário que a pessoa manifeste o desejo de readquirir a cidadania e mantenha residência na Itália dentro de um ano a partir dessa declaração.     

Reconhecimento 

Outra alternativa é o reconhecimento da cidadania italiana. Essa opção se aplica a indivíduos que possuem vínculos de parentesco direto e contínuo com um ancestral italiano, seja por via materna ou paterna. 

No caso da linhagem paterna, não há um limite máximo de gerações para a transmissão da cidadania. Por outro lado, na linhagem materna, a nacionalidade italiana é transmitida apenas a pessoas nascidas a partir de 1º de janeiro de 1948.

Lei nº 555 de 1912

A Lei 555, chamada “Sobre a cidadania italiana”, se baseou no papel central do marido no casamento. Ela definiu de maneira clara que a mulher e os filhos estavam sujeitos às mudanças que podiam ocorrer na vida do chefe da família no que diz respeito à nacionalidade. Suas principais características eram: 

  • O princípio quase absoluto do jus sanguinis;
     
  • Os filhos menores de 21 anos acompanhavam a nacionalidade do pai; se ele renunciasse à cidadania italiana, os filhos também a perdiam;
     
  • A mulher casada com um cidadão estrangeiro perdia sua nacionalidade italiana e não podia transmiti-la aos filhos;
     
  • A mulher estrangeira casada com um cidadão italiano adquiria automaticamente a cidadania do marido, independentemente de sua vontade.

Constituição republicana de 1948

No dia 1º de janeiro de 1948, a Constituição da República Italiana foi promulgada, marcando um importante avanço nos direitos civis das mulheres, incluindo a possibilidade de transmitir sua nacionalidade aos filhos. Contudo, essa possibilidade não se aplicava aos filhos nascidos antes dessa data.

Este cenário mudou em 2009, quando a Suprema Corte di Cassazione, o tribunal mais alto da justiça italiana, reconheceu o direito de transmissão da cidadania para filhos nascidos antes de 1948. 

No entanto, para que esse direito seja efetivado, é necessário buscar uma ação judicial, já que ainda precisa de regulamentação por parte do Ministero dell’Interno, que deve estabelecer as diretrizes para que o processo aconteça na esfera administrativa.

Lei de 1975

Em 1975, foi promulgada uma lei que permitia às mulheres que haviam perdido sua nacionalidade italiana ao se casar com cidadãos estrangeiros antes de 1º de janeiro de 1948 recuperarem sua cidadania.

Para isso, bastava que elas se dirigissem às autoridades competentes, sendo estabelecida sua cidadania como se nunca a tivessem perdido. No entanto, essa lei não abordou a situação dos filhos nascidos antes dessa data, que continuaram sem direito à nacionalidade. 

Mais tarde, em 1983, a Lei nº 123 foi promulgada após uma decisão da Corte Constitucional e um parecer do Conselho de Estado, corrigindo uma ilegitimidade constitucional. Essa nova legislação italiana permitiu que mulheres casadas com estrangeiros transmitissem a nacionalidade italiana a seus filhos. 

Como está a legislação italiana hoje?

Atualmente, a regulamentação da nacionalidade italiana está contida na Lei nº 91 de 1992, a qual foi implementada para corrigir desigualdades constitucionais. 

Desde sua promulgação, em 15 de fevereiro de 1992, a legislação italiana passou a permitir que mulheres casadas adquiram a nacionalidade equivalentes aos homens. 

Os critérios para ser considerado cidadão italiano por nascimento incluem: 

  • Filhos de pai que é reconhecido como cidadão italiano no momento do nascimento;
     
  • Filhos de mãe que é considerada cidadã italiana, desde que tenham nascido após 1 de janeiro de 1948;
     
  • Indivíduos nascidos em território italiano, desde que ambos os genitores sejam apátridas ou desconhecidos;
     
  • Filhos adotivos de cidadãos italianos, desde que a adoção ocorra antes de atingirem a maioridade.

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