Roma está em ritmo acelerado de reformas e reaberturas de seus principais pontos turísticos, tudo em preparação para o Jubileu 2025. A Fontana di Trevi e a Piazza Navona, por exemplo, passaram por restaurações, assegurando que a cidade esteja pronta para acolher mais de 32 milhões de turistas e peregrinos que visitarão a capital italiana durante a celebração.
O Jubileu teve sua abertura oficial no final de 2024, com uma missa de abertura presidida pelo Papa na Praça de São Pedro. Esse evento marca o começo de uma série de atividades que se estenderão até 6 de janeiro de 2026.
Jubileu 2025
O Jubileu, também conhecido como “Ano Santo”, é um período especial na Igreja Católica, durante a qual os fiéis podem receber a indulgência plenária, ou seja, a remissão total dos pecados.
A primeira edição do Jubileu foi proclamada em 1300 pelo Papa Bonifácio VIII. Inicialmente, o evento ocorreria a cada 100 anos, mas o Papa Clemente VI reduziu o intervalo para 50 anos em 1342, e, mais tarde, em 1470, o Papa Paulo II estabeleceu o período de 25 anos entre os Jubileus, que é seguido até hoje.
Durante o Jubileu, os fiéis são chamados a se reconciliar, praticar a oração, a confissão e as obras de misericórdia, podendo obter a indulgência plenária ao visitar locais sagrados como as basílicas de Roma ou a Terra Santa.
Pontos turísticos de Roma
Para receber os milhões de visitantes esperados em 2025, a capital italiana investiu em mais de 600 projetos, totalizando 4,8 bilhões de euros em reformas e melhorias na infraestrutura e nos monumentos da cidade.
Entre as mudanças, destaca-se a reforma da Piazza Pia, uma ampla área de pedestres que liga o Castelo Sant’Angelo à Via della Conciliazione, principal acesso ao Vaticano. O prefeito Roberto Gualtieri a classificou como um dos projetos mais importantes para o Jubileu da Esperança.
Outro destaque é a reabertura da Fontana di Trevi, um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, onde os turistas costumam lançar uma moeda nas águas de costas, fazendo um pedido.
Após três meses de manutenção, a fonte foi reaberta em 22 de dezembro de 2024, com acesso limitado a 400 pessoas por vez. Essa medida visa garantir uma experiência mais tranquila, evitando aglomerações e permitindo que os visitantes aproveitem o local de forma mais confortável.
Além disso, outros monumentos de Roma também passaram por reformas ao longo do ano. A Praça Pavona, por exemplo, ficou cercada por tapumes até julho, com um painel de acrílico permitindo a visão da Fontana dei Quattro Fiumi. Já a fonte da Praça della Rotonda, em restauro por sete meses, também teve tapumes que obstruíram parcialmente a vista do Panteão de Roma.
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Plano de intervenção do Jubileu 2025
Essas modificações fazem parte do Plano Jubileu 2025, que visa realizar uma série de intervenções em Roma, com ênfase na requalificação de seu patrimônio cultural e infraestrutura, tudo em preparação para o “Ano Santo”.
As ações vão desde a valorização dos locais históricos da Roma cristã e pagã até a melhoria da mobilidade urbana, com a manutenção das linhas A e B do metrô e o aprimoramento das estruturas de acolhimento para peregrinos e cidadãos.
O plano é financiado por recursos nacionais, regionais e pelo PNRR, destacando-se o Investimento 4.3, que contempla 335 projetos e um total de 500 milhões de euros.
Entre as seis linhas de intervenção, estão:
- Requalificação e valorização (121 intervenções no valor de 717 milhões de euros) dos locais do Jubileu e do patrimônio cultural e espaço público da cidade.
- Acessibilidade e mobilidade (44 intervenções no valor de 545,7 milhões de euros), para incentivar a mobilidade ao serviço dos locais do Jubileu e de toda a cidade, com especial atenção às zonas periféricas, garantindo maior acessibilidade aos principais centros urbanos por parte de peregrinos, visitantes e cidadãos.
- Acolhimento e participação (70 intervenções no valor de 222,8 milhões de euros), focado no aumento das estruturas de acolhimento de peregrinos e cidadãos e para a organização de grandes eventos ligados ao Ano Santo.
- Ambiente e território (24 intervenções no valor de 60 milhões de euros), destinadas à requalificação e ativação de intervenções de cuidado do solo, com particular atenção às vias navegáveis e vias verdes da cidade.
- Programa de Acolhimento (66 intervenções no valor de 215,5 milhões de euros), que inclui a modernização dos caminhos-de-ferro Roma-Lido e Roma-Viterbo, o reforço do sistema de primeiros socorros e intervenções de cibersegurança.
- Caput Mundi (335 intervenções no valor de 500 milhões de euros), destinadas à requalificação e recuperação do património cultural e urbano e dos complexos de elevado valor histórico-arquitectónico da cidade de Roma.
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Por Isabella Bilard
