Se você é brasileiro, provavelmente já saboreou uma lasanha “deliziosa” em um almoço de domingo. Mas você sabia que esse prato tem raízes italianos? É isso mesmo! Assim como a lasanha, muitas tradições e influências que você encontra no Brasil são heranças da imigração italiana, que ocorreu lá no final do século XIX e no início do XX.
Ademais, os primeiros imigrantes italianos que chegaram aqui, se estabeleceram principalmente na região sul e sudeste do país. Com isso, essas regiões receberam um grande número de europeus que se dedicaram à agricultura, revertendo terras não cultivadas para áreas férteis e produtivas.
Visto isso, hoje exploraremos como essas colônias italianas se estabeleceram e a distribuição de descendentes por estado. Acompanhe!
História da imigração italiana no Brasil
Tudo começou em 21 de fevereiro de 1874, quando 386 italianos chegaram a bordo do navio “La Sofia” no Estado do Espírito Santo.
Durante esse período, estima-se que mais de 3,5 milhões de estrangeiros, incluindo um grande número de italianos de origem trentina e vêneta, chegaram ao Brasil em busca de melhores oportunidades de trabalho e para fugirem da profunda crise que assolava o país europeu.
Diante disso, só consigo pensar em uma coisa: já imaginou quantos descendentes de italianos existem aqui? Para responder a essa pergunta, veja a seguir três regiões brasileiras que possuem uma grande concentração de imigrantes italianos.
Distribuição dos descendentes italianos por estado
Como bem sabemos, grande parte dos ítalos-descendentes se estabeleceram principalmente nas regiões sul e sudeste do Brasil, em estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Mas agora você deve estar se perguntando: qual a porcentagem de cada região? Para ficar mais claro, veja a seguir a apresentação de alguns dados dos estados brasileiros com maior número de descendentes de imigrantes:
- São Paulo: neste estado, há cerca de 13 milhões de descendentes de italianos, o que representa 32,5% da população total de São Paulo.
- Paraná: no Paraná, o número de ítalos-descendentes chega à 3,7 milhões, correspondendo a 37% da população.
- Rio Grande do Sul: no Sul, o número descendentes é 3 milhões, representando 27% da população total.
O estado de Santa Catarina ocupa a 4º posição com 3 milhões de descendentes de italianos, o que corresponde a 50% da população catarinense. Já os três estados da região sudeste – Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais – somam quase 4 milhões de ítalos-descendentes, o que equivale a um terço do do total encontrado no estado de São Paulo.
Você sabia?
Com tanto imigrante italiano, as chances de você ter um ascendente italiano são enormes! E com isso vem o direito à conquistar a cidadania italiana e o famoso passaporte vermelho. Ficou interessado? Você pode verificar neste artigo quem tem direito, ou então, como saber se você tem direito neste artigo.
Por que São Paulo é o estado que mais tem ítalo-descendentes?
Durante a imigração italiana, São Paulo era um dos principais pontos de desenvolvimento econômico do Brasil, atraindo diversos imigrantes que buscavam melhores condições de vida.
Na industrialização e no aumento da agricultura, especialmente na indústria do setor cafeeiro, muitos italianos vieram para trabalhar nas plantações e, ao longo do tempo, se estabeleceram na região, auxiliando para o crescimento e a formação de colônias italianas.
Hoje, São Paulo abriga mais de 10 milhões de descendentes de italianos, que mantêm um rico legado cultural por meio de eventos, festas e restaurantes que celebram e perpetuam a herança histórica italiana.
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Colônias italianas presentes no Brasil
Para manter vivas suas tradições e dialetos, os imigrantes italianos se organizaram em colônias, formando comunidades que ainda preservam suas práticas culturais ao longo da sua linhagem. Veja a seguir algumas colônias italianas que existem no território brasileiro.
Nova Veneza (SC)
Em 1891, aproximadamente 400 famílias de Veneza, na Itália, se estabeleceram no sul de Santa Catarina, formando a Colônia Nuova Venezia, hoje conhecida como Nova Veneza. A cidade mantém sua herança italiana com 95% da população sendo descendentes de italianos e preservando a língua e os costumes.
Nova Veneza é conhecida por sua gastronomia italiana e foi nomeada Capital Nacional da gastronomia Típica Italiana, além de ter o distrito “Vale Vêneto”, que homenageia a região de origem dos primeiros imigrantes.
Antônio Prado (RS)
Fundada em 1866, Antônio Prado recebeu esse nome em homenagem a um fazendeiro paulista chamado Antônio da Silva Prado. Ele promoveu a imigração para o Brasil e estabeleceu núcleos coloniais no Rio Grando do Sul.
A cidade, com mais de 100 anos de história, preserva seu legado no Museu, que é parte do Patrimônio Histórico Nacional. O acervo inclui mais de 500 objetos, como enxovais, louças e ferramentas, apresentando o cotidiano dos imigrantes italianos e seus momentos de trabalho e celebração.
Flores da Cunha (RS)
O município Flores da Cunha, antes conhecida como “Terra do Galo”, ganhou esse apelido em 1934 após um mágico prometer ressuscitar um galo em seu espetáculo e desaparecer, deixando o público inquieto. O acontecimento gerou zombarias, mas na década de 1960, a história foi reinterpretada com um tom mais leve e alegre.
Hoje em dia, a cidade é marcada pela cultura dos colonizadores, incluindo o uso do ‘talian’, uma rica gastronomia, e uma variedade de vinícolas e indústrias. A região é conhecida por suas propriedades rurais, festas, feiras e uma intensa religiosidade, que refletem a herança e o trabalho dos imigrantes.
Pedrinhas Paulista (SP)
O nome da Colônia Pedrinhas originou-se do Riacho Pedrinhas, famoso por suas águas transparentes e pequenas pedras no fundo.
Sua fundação foi comemorada com um grande festejo em 21 de setembro de 1952, marcada pelo lançamento da pedra fundamental da Igreja Matriz, com o comparecimento de várias autoridades italianas e a residente mais idosa, Sra. Celeste Sbais Guerin.
Em 1980, Pedrinhas Paulista foi elevada a Distrito e alcançou sua emancipação político-administrativa em 1991, destacando-se como uma das poucas colônias italianas bem-sucedidas na América.
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Por Isabella Bilard
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